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Intestino: o "segundo cérebro"?

  • Foto do escritor: Sávio Venâncio
    Sávio Venâncio
  • 22 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

O intestino é frequentemente chamado de "segundo cérebro" devido ao seu papel significativo no sistema nervoso entérico, que é uma parte do sistema nervoso autônomo do corpo. O sistema nervoso entérico é composto por uma rede complexa de neurônios que revestem o trato gastrointestinal, incluindo o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso. Essa rede de neurônios é responsável por controlar a função gastrointestinal, incluindo a digestão, a absorção de nutrientes e a movimentação do alimento ao longo do trato digestivo.

Existem várias razões pelas quais o intestino é considerado um "segundo cérebro" ou um sistema nervoso independente:


  • Complexidade neural: O sistema nervoso entérico contém uma quantidade surpreendentemente grande de neurônios, estimada em centenas de milhões. Essa complexidade neural é comparável à de muitos animais inferiores, e esses neurônios podem operar independentemente do cérebro.

  • Função autônoma: O sistema nervoso entérico pode operar autonomamente, regulando funções gastrointestinais essenciais, como a peristalse (movimento dos músculos intestinais), a absorção de nutrientes e o controle do fluxo sanguíneo no trato digestivo, sem a intervenção direta do cérebro.

  • Comunicação bidirecional: Há uma comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro central, através do que é conhecido como o "eixo intestino-cérebro". Sinais do intestino podem influenciar o cérebro e vice-versa. O intestino pode enviar informações ao cérebro que afetam o humor, a emoção e o comportamento, enquanto o cérebro pode afetar a função do trato gastrointestinal.

  • Produção de neurotransmissores: O intestino produz uma variedade de neurotransmissores, incluindo serotonina, dopamina e GABA, que desempenham papéis importantes na regulação do humor e do comportamento. Essas substâncias químicas podem influenciar o estado emocional e cognitivo.


Devido a essa interconexão entre o intestino e o cérebro, pesquisas recentes têm destacado a importância do "eixo intestino-cérebro" na saúde mental e na saúde geral. Distúrbios gastrointestinais muitas vezes estão associados a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, o que ilustra a influência significativa desses sistemas sobre o bem-estar mental.


Essa é uma área de estudo em constante desenvolvimento que mantém pesquisas contínuas para entender melhor essa complexa relação entre o intestino e o cérebro.

Psicólogo Sávio Venâncio
CRP 04 / 40919

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